THE BEATLES E A FILOSOFIA. ALTERIDADE, RUPTURA E PLASTICIDADE
Gustavo Chataignier,
Gustavo Chataignier1
http://orcid.org/0000-0002-1846-0369
1 Universidad Católica del Maule, Centro de Investigación en Religión y Sociedad, CHILE. E-mail: gchataignier@ucm.cl
ABSTRACT
This article focuses on the musical production of the English group The Beatles, understanding it as an apprenticeship of alterity. For that, a striking trait in the referred musical corpus was chosen, namely, the theme of love and its changes. Immediately abandoning a merely representational perspective based on the adequacy of a particular entity to an external criterion, it will be a matter of both analyzing particular pieces and constructing the specificity, a posteriori, of the theme now engendered. From such an aesthetic reading comes the second moment of the text, that is, seeking and locating the relationship between continuity and rupture throughout albums and tracks, under the backdrop of love.
Keywords: The Beatles; alterity; rupture; interpretation
Received: Aug 18, 2024; Revised: August 18, 2024; Accepted: August 20, 2024
Keywords:
References: REFERENCIAS
Adorno, T. W. (1977). Terminología filosófica (Vol. 2). Taurus. [ Links ]
Adorno, T. W. (1976) Terminología filosófica (Vol. 1). Taurus. [ Links ]
Althusser, L. (1965a). Pour Marx. Maspero. [ Links ]
Althusser, L. (1965b). Lire ‘Le Capital’ II. Maspero [ Links ]
Badiou, A. (2015). A aventura da filosofia francesa no século XX. Autêntica. [ Links ]
The Beatles (2000). The Beatles Anthology. Chronicle. [ Links ]
Decker, J. (2009). Try thinking more: Rubber Soul and the Beatles’ transformation of pop. En K. Womack (Ed.). The Cambridge Companion to The Beatles (pp. 75-89). Cambridge University. https://doi.org/10.1017/CCOL9780521869652.006 [ Links ]
Deleuze, G. (1997). Crítica e clínica. Ed. 34. [ Links ]
Deleuze, G. (1988). Diferença e repetição. Graal. [ Links ]
Deleuze, G. (1976). Nietzsche e a filosofia. Rio. [ Links ]
Deleuze, G. (1975). Lógica do sentido. Perspectiva / EDUSP. [ Links ]
Everett, W. (1999). The Beatles as musicians. Oxford University. [ Links ]
Focillon, H. (1981). Vie des formes. PUF. [ Links ]
Foucault, M. (1994). Qu’est-ce que les Lumières? En M. 21-06-Foucault. Dits et écrits IV (pp. 562-578). Gallimard. [ Links ]
Foucault, M. (1997). Nietzsche, Freud, Marx - Theatrum philosophicum. Princípio. [ Links ]
Grundlhener, P. (1986). The New Columbus. En P. Grundlhener, The poetry of Nietzsche (pp. 136-137). Oxford University. [ Links ]
Kant, I. (2020). Resposta à pergunta: O que é esclarecimento? Estudos Kantianos, 8(2), 179-189. https://doi.org/10.36311/2318-0501/2020.v8n2.p179 [ Links ]
Kimsey, J. (2009). An abstraction, like Christmas: the Beatles for sale and for keeps. En K. Womack (Ed.). The Cambridge Companion to The Beatles (pp. 230-254). Cambridge University. https://doi.org/10.1017/CCOL9780521869652.015 [ Links ]
Kracauer, S. (2006). L’Histoire. Stock. [ Links ]
Lewisohn, M. (2000). The Complete Beatles Chronicle. Harmony. [ Links ]
Lewisohn, M. (1989). The Beatles recording sessions. Harmony. [ Links ]
MacDonald, I. (2007). Revolution in the Head. Chicago Review. [ Links ]
Martin, G. e Pearson, W. (2017). Paz, amor e Sgt. Pepper’s. Sonora. [ Links ]
Marx, K. e Engels, F. (1968). L’Idéologie allemande. Sociales. [ Links ]
McCartney, P. e Gambaccini, P. (1976). In his own words. Music Sales Corp. [ Links ]
Norman, P. (2003). Shout - the true story of the Beatles. Fireside. [ Links ]
Pound, E. (1960). ABC of Reading. New Directions. [ Links ]
Rancière, J. (2009). A partilha do sensível. Editora 34. [ Links ]
Renault, E. (2009). Marx et sa conception déflationniste de la philosophie. Actuel Marx, 2(46), 137-149. https://doi.org/10.3917/amx.046.0435 [ Links ]
Renault, E. (1995). Marx et l'idée de critique. PUF. [ Links ]
Ricœur, P. (1987). Temps et récit (Vol. 3). Seuil. [ Links ]
Ricœur, P. (1985). Temps et récit (Vol. 2). Seuil. [ Links ]
Ricœur, P. (1983). Temps et récit (Vol. 1). Seuil. [ Links ]
Womack, K. (Ed.). (2020). The Beatles in Context. Cambridge University. https://doi.org/10.1017/9781108296939 [ Links ]
1Sobre aspectos técnicos da composição dos Beatles, consultar-se-á com proveito Everett (1999).
2E, no limite, ruídos e efeitos sonoros.
3A referência é ao Nietzsche poeta, cujo elogio a Colombo mais se assemelha a uma ode a Ulisses, desbravador de mares (Cf. Grundlhener, 1986).
4Há espaço para uma perspectiva irônica do futuro autor das célebresSilly love songs.
5Foucault, 1997, mas também Badiou, 2015.
6Não é nosso intuito incorrer na adjetivação vazia. Para o escopo do artigo, nos limitaremos a tecer algumas linhas sobre duas canções tão emblemáticas do corte composicional nos Beatles. Mesmo porque nosso recorte, além de lógico, pois propõe a organização de um corpus musical a partir de pontos de inflexão, é também temporal, pois causado temporalmente (donde o destaque atribuído a Rubber soul). O mote trágico da tonificação da vida seria comum a ambas composições. Tanto quanto um objeto artístico, a vida é fruto de criação (obedece também ao princípio da mudança). A vida quer se renovar, quer seguir adiante (quer mais vida). Como desejar mais de tudo o que já ocorreu (independentemente de ser bom ou ruim), o vertiginoso retorno de todas as experiências? É possível querer tudo, inclusive o passado que causa dor e seus “fantasmas”. Some-se a isso o empecilho da irreversibilidade do tempo. Desejar a repetição de um momento acarreta na repetição de todos os momentos - tudo retorna, e nós com essa experiência.
7O que levanta a hipótese de uma influência dos Stones no disco.
8Talvez quem tenha mais sofrido com mudanças foi Bob Dylan ao adotar a guitarra em 1965, em seu “Bringing it all back home” (1965), como constata o filme de Scorsese “No direction home” (2005).
Este é um artigo publicado em acesso aberto sob uma licença Creative Commons